quinta-feira, 25 de abril de 2024

Apocalipse 16- D'Alma

O álbum lançado pelo Apocalipse 16 no ano de 2005 traz uma nova versão do Pregador Luo, deixando aquele rap mais cru de lado para investir em composições mais leves, trazendo o black, o soul e também R&B para as suas músicas. Além disso começamos também a perceber que ele assume de vez as rédeas da banda, sem a participação dos seus antigos companheiros de grupo, enchendo o disco de diversos convidados, que agregaram muito na produção, tornando "D'Alma" um dos melhores álbuns da discografia de Luo. Sobre o nome do disco, tem tudo a ver com as letras das canções, já que temos mensagens falando a respeito dos sentimentos e da alma humana, falando sobre crises, dilemas, nostalgia e saudade. 


A primeira canção é a ótima "Bons tempos", ao dizer que coisas boas são um presente de Deus para nós. Em "Maus tempos" ele fala sobre resistirmos nos dias ruins. "Louve a Deus" é dançante, bem diferente daquilo que estávamos acostumados do Apocalispse 16. Uma parte da música é cantada em inglês, falando sobre louvar o Senhor sempre. Em "Tributo a Lehova" traz a participação de Adhemar de Campos e Raiz Coral, para em seguida "Dance na chuva" seguir o ritmo soul. Gosto muito da canção "Moisés negro", com um flow muito bom. Junto com Julio de Castro, O Pregador Luo fala a respeito das raízes negras, ao dizer que para ele a África é mais importante que o capitalismo dos Estados Unidos. Ele compara a África como se fosse a nova Jerusalém. É puro black music com rimas sensacionais. Em "Pensa nisso" temos vários efeitos, com a letra falando que andar com Deus é melhor. Na música "Deus esperava mais" traz a presença do cantor Robson Nascimento, onde eles cantam sobre atitudes erradas que temos que poderiam ser melhores.

Para subir o tom do álbum, Luo canta o hino "Temas dos guerreiros", buscando animar seus ouvintes, falando sobre a perseverança do povo brasileiro. Outra ótima composição é "Na missão", que conta com diversas participações com Luo, com rappers cantando em inglês e também em francês. Luo fala sobre os manos ao redor do país e do mundo que estão na missão junto com ele. A mistura de tons e nacionalidade segue com "Compensações", com Wilson Simoninha e o francês Grodash. De fato ouvir rap na língua francesa é muito interessante, parecendo que tem tudo a ver o genero com a língua francesa. Temos um trap na música "Amor condicional", junto com o FLG. O cantor Preto Loko Jay canta com Luo a ótima "3 cruzes", onde eles rimam sobre aproveitar o tempo que temos para escolhermos andar com Jesus, sendo assim uma música evangelística. "Melancolia" também é uma das que gosto muito, onde Luo fala sobre nostalgia, saudade e de pessoas que passaram por nossa vida e já se foram. Mas ele também canta sobre a esperança e a certeza de que estaremos com Deus no final, com uma melodia muito bonita e marcante. Temos mais duas excelentes parcerias no disco, primeiro com o Templo Soul em "É mentira" e com o Ao Cubo em "Muita Tretze", sendo uma nova versão de um dos grandes sucessos do Apocalipse 16. A última música é uma parceria entre rock e rap com Rodolfo Abrantes em "Santo sangue"

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