Sou pastor, e agora?

No último sábado, dia 06 de abril, fui ordenado para o ministério da palavra, passando também a ser pastor na igreja Videira Santo André. Desde o dia que me converti sempre busquei crescer em fé e na obra do Senhor. Desde minha conversão em 2004, busquei sempre me envolver ao máximo. Queria marcar a minha geração, transmitir a palavra de Deus que de fato pode transformar pessoas. As minhas orações nos anos seguintes de conversão era para ser usado pelo Senhor e também ser pastor. Sempre amei ministrar a palavra, mas pregar também pode ser feito por um pregador. Deus me chamou para ser pastor, ou seja, cuidar de pessoas, apascentar as sua ovelhas. Agora. houve um reconhecimento por parte do presbitério, de algo que Deus já havia derramado sobre a minha vida.

Mas e agora? O que faço? Muitas pessoas possuem uma visão errada a cerca do ministério pastoral. Algumas pensam que agora começa um trabalho duro, que vai acabar comigo e terei que trabalhar muito. Mas acredite, ser usado por Deus não é um castigo, mas um privilégio. Se o Senhor liberou sobre mim essa unção, é porque é algo bom, pois tudo o que Ele faz é bom, nosso pai tem pensamentos de paz ao nosso respeito. Algumas pessoas me disseram "Agora vai trabalhar", "Agora não tem tempo". Não, nada disso. A minha vida precisa ser envolvida na obra. Enquanto converso com pessoas, exerço o ministério. Posso viver uma vida comum e enquanto vivo a vida, exerço aquilo que Deus me chamou para fazer. Mas o que seria isso? Cuidar de vidas, apascentar pessoas, treinar lideres e gerar novos pastores. Se em mim existir prazer e alegria em ser pastor, outros irmão vão perceber que ser pastor é bom, e também vão querer ser pastores. Por muito tempo deixei de querer cumprir esse chamado, por ver obreiros cansados e sobrecarregados. Mas quando conheci pastores que viviam uma vida leve e alegre, logo me lancei novamente nesse propósito.

Por outro lado existe um perigo da minha parte. Qual seria? O de achar que já cheguei onde queria, e não preciso fazer mais nada. Acontece que agora é que começa o ministério. Até esse momento foi um treinamento para que eu pudesse exercer o ministério pastoral. Claro que junto com a unção recebida acabo por receber reconhecimento das pessoas e admiração de alguns, mas isso não significa que devo cruzar os braços. Existe mais para ser conquistado, a obra de Deus é avanço e crescimento. Quero ser um pastor que realmente esta na vida das pessoas, que cheira ovelha. Sei que não tenho poder para mudar ou convencer alguém, isso é obra do Espirito Santo. Meu dever é pastorear no descanso, crendo que através de minhas ações o Senhor vai tocando e convencendo vidas. Quero ser um pastor de pastores, gerar segunda a minha espécie. Andar com Deus é uma aventura, a melhor dessa vida, e apesar de muitos quererem as coisas dessa terra, o que vale mesmo é viver por aquilo que é invisível porém eterno. Devo fazer o que sempre fiz. Manter o devocional com oração, jejum e leitura da palavra são práticas importantes. Cuidar de vidas, discipular e investir em pessoas deve ser continuado. Ser pastor é um privilégio, a melhor função dessa vida, pois estamos a serviço do criador de tudo. Se estamos com Deus, estamos seguros e temos provisão. Que nessa aventura não me falte a fé, não me falte palavra na boca, não falte revelação na minha mente. Que comece uma nova etapa.