terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Meu ciclo na rede de jovens

Me converti aos dezessete anos, na reta final do último ano escolar, e desde então sempre estive envolvido com o trabalho com os jovens. Foram dezoito anos da minha vida servindo na rede de jovens em minha igreja local, a Videira Santo André. Participei de muitas conferências, reuniões de oração e tudo o que envolvia o trabalho com a juventude. Neste texto quero abordar um pouco de como foi a minha vida investindo neste estilo de trabalho e com a faixa etária dessa rede. Quando entrei na igreja não existia uma rede exclusiva para os jovens, então vi tudo isso nascer e crescer bastante.


Como eu disse, ao me converter a Jesus entrei em uma célula de pessoas com a mesma média de idade que a minha, e foram tempos onde crescemos juntos, passando pelas mesmas fases da vida. No mesmo tempo em que arrumava meu primeiro emprego, me alistava no serviço militar e pensava no inicio de uma faculdade, os meus amigos também viviam o mesmo momento. Nada melhor do que estar do lado de pessoas que passam pela mesma coisa que você. Após o Encontro com Deus comecei a liderar uma célula, e assim o trabalho com outros jovens começou. O meu encargo era de levá-los a sonhar, de poderem marcar a nossa geração e fazer a diferença. A nossa igreja local apenas foi ter uma rede de jovens em 2009, quando me tornei discipulador e então nos tornamos Radicais livres, e tínhamos um trabalho especifico com os jovens. Antes disso havia tido apenas as ótimas experiências com os acampamentos de carnaval em uma chácara, com muita palavra, diversão e bons momentos. Sendo discipulador da rede, estava debaixo de uma palavra que queimava no meu coração a muitos anos, de que eu seria um dos pilares da rede de jovens, e assim estava acontecendo.

Discipulando jovens tive a oportunidade de liderar muita gente, muitas equipes. Vi muitos deles chegarem ainda adolescentes, que ganharam maturidade, começaram a liderar, casaram, construíram família. Entendo que o trabalho com os jovens é o de dar um sentido e um rumo para a vida deles. Fortalecer a identidade, mostrar que eles podem crescer e conquistar grandes coisas. O trabalho com os jovens termina quando eles constroem uma família. Nessa primeira etapa, tive a oportunidade de multiplicar meu discipulado por três vezes, gerando novos três discipuladores. Outros também foram para o seminário e um deles se tornou pastor. Após uma transição de pastores na igreja uma nova rede de jovens surgiu e ao olhar para os meus pares percebi que havia liderado todos eles. Foram ao todo doze anos sendo discipulador, onde finalizei essa etapa gerando mais quatro novos discipuladores. Além disso, teve muita gente marcada através de discipulados, ensinos e pregações, e aqueles que nem andaram comigo mas algo foi produzido neles. O texto não é para me glorificar, mas apenas para encerrar um ciclo em minha vida, onde encerro minha participação com os jovens com o senso de missão cumprida. Hoje, como obreiro de uma rede de adultos, percebo que tudo o que vivi nos jovens serviu como aprendizado e as equipes que liderei me preparam para aquilo que vivo hoje.

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