terça-feira, 6 de maio de 2025

Catedral- Três

Após dois álbuns que fizeram sucesso no meio cristão, a banda Catedral lançou em 1991 o seu terceiro disco, que trazia em seu título apenas o numeral três, criando assim mais um passo na trajetória da banda liderada por Kim, que seguia tendo a sua voz comparada com a do Renato Russo. Falando da parte sonora, também percebo uma aproximação do Legião, até mesmo em uma das canções em que temos um storytelling, muito comum nas letras de Renato. Esse terceiro álbum acabou servindo para consolidar o Catedral como uma das bandas mais importantes do cenário cristão.


O estilo musical é um rock mais seco, voltado a muitos solos de guitarra, sendo o principal instrumento guiando as musicas da banda. Falando sobre as letras, Kim busca trazer reflexões, mas também em muitas delas vemos um teor evangelístico, além de buscar alertar as pessoas sobre as coisas ruins desse mundo. Começamos com "Silêncio", que nos traz uma linda melodia, com a letra falando sobre ficarmos em silêncio na presença de Deus, mostrando a importância de investirmos tempo com Ele, já que é em meio ao silêncio da nossa alma que ouviremos a voz de Deus e suas palavras. "Perto de mim" é um alivio para os ouvintes, com Kim cantando que Jesus está do nosso lado em todos os momentos de nossa vida. Na música "Quando o amor bate no peito", temos uma mensagem sobre o amor de Deus, sendo muito bonita e uma das mais famosas da banda, ao dizer que quando somos tocados pelo amor de Deus, iremos encontrar coisas boas nessa vida.

O disco segue com a canção "Erupção" que é uma critica da banda contra as guerras que acontecem no mundo. Aqui temos um longo solo de guitarra. "Miragens urbanas" é cheia de experimentações sonoras, com a letra falando sobre a vida na cidade e como existem muitos que querem viver no interior. A música "Em busca do elo perdido" é sobre encontrar esperança em Jesus, culminando com um longo solo de guitarra para encerrar a canção. O Catedral claramente se inspira no Legião Urbana na música "Pedro Zé, um nordestino", me que temos um storytelling que nos lembra "Faroeste Caboclo", tanto pelo tempo como pela história da música. Kim canta sobre um homem que não foi aceito na igreja por ser pobre, sendo uma critica para pessoas que não aceitam aqueles que são diferentes. Por fim, o disco se encerra com a música "Drogas", que fala sobre o perigo de usá-las e como isso pode vir a acabar com vida das pessoas.

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