quinta-feira, 2 de março de 2023

John Mark McMillan- The Medicine

O segundo álbum de John é mais contemplativo e intimista, trazendo uma mistura de rock e folk em suas canções, mas mantendo a ótima qualidade, em um trabalho que considero melhor do que o primeiro, por conta de sua evolução musical e sua maturidade nas letras de suas músicas. Com um som alternativo, o seu estilo de música não alcança os grandes centros da música gospel, que vem de uma onda mais voltada ao Worship. Ainda assim, John consegue atrair ouvintes para o seu trabalho, que é um convite para contemplar Cristo em nossa rotina de vida, mostrando que através de suas letras é possível criar ótimas canções com o teor cristão.


A sua voz pesada  já começa na música "Reckoning day", que fala a respeito do juízo final. Em "The medicine", que traz o título do álbum em seu nome, a letra nos fala sobre alguém que se machucou, mas de outra pessoa que gostaria de ter o medicamento para a cura. O refrão é cantado de forma bem emotiva com um ótimo som de bateria guiando a música. Esse é o tema central dessa produção, ou seja, ser como pessoas que trazem a cura para os que se encontram doentes. A adoração em forma de letra contemplativa surge com "Skeleton bones", com John falando que quer ver o Senhor, olha-lo com os olhos descobertos e amar a Deus. São desejos profundos de alguém apaixonado por Deus. O folk entra em cena em "Carbon ribs", da qual gosto muito, principalmente da parte que diz que ele tem a ressurreição debaixo de sua pele, que é um homem morto, mas com um espirito que vive Nele. "Dress us up" traz a questão de sermos vestidos da justiça de Deus e que o amor de Deus é forte. "Death in his grave" tem uma letra contemplativa, falando sobre ressurreição de Cristo. Ela possui um clima de jornada e viagem em seu som.

Em seguida o álbum traz a alegre e dançante "Belly of the lion", que destoa das demais com seu estilo, sendo uma das melhores dessa produção. Mas para mim a melhor música desse trabalho se chama  "Philadelphia", que é leve e reflexiva. Parece nos falar de um amor antigo, mas que ele sempre se lembra dela quando está na cidade de Philadelphia. "Out of the ground" repete várias vezes o refrão, de alguém que sai do chão e problemas por conta de outra pessoa. Mark mistura durante todo o álbum letras intimistas com adoração e reflexões a respeito da vida. "Carolina Tide" nos fala tanto de uma viagem como também de sermos limpos e redimidos por Jesus. Em "Between the cracks" a letra é em estilo storytelling contando sobre a esperança que cresce nos guetos violentos, e assim um homem em meio a revistas no chão se levanta e encontra forças para seguir em frente. O álbum fecha com a música mas conhecida de John Mark McMillan, a famosa "How he loves", em uma versão com guitarras e mais pesada que a versão original, a mostrando para uma nova geração de fãs. O álbum é um ótimo convite para uma viagem junto com o vocalista em suas letras alternativas.

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